
Morocco Desert Challenge 2025: Maria Luís Gameiro mantém-se no top 10, apesar de etapa dura
A organização prometeu e cumpriu. A etapa 4 do Morocco Desert Challenge foi longa, dura e desafiante. Maria Luís Gameiro não escapou às dificuldades, mas, ainda assim, conseguiu um bom resultado e mantém-se no top 10 da prova.
A etapa 4, que levou as equipas de Boujdour a Smara contou com 526 quilómetros contra o relógio, na etapa mais longa da prova, que agora chegou ao meio. Depois da brilhante exibição de ontem, Maria Luís sabia que esta etapa iria trazer muitos desafios.
Numa etapa rápida, mas com muitas armadilhas na navegação e algumas zonas mais traiçoeiras, a dupla do Team Motivo JCB teve de encontrar soluções para a navegação, que acabou por ficar dificultada pela posição na estrada. Sendo o terceiro carro no troço, Maria Luís e Rosa Romero falharam um Way Point e perderam tempo. A partir daí, a tarefa complicou-se, mas a dupla do Mini T1+ nunca baixou os braços e conseguiu um 14.º tempo, que as mantém no nono da geral para os carros.
O ambiente não era tão festivo quanto o de ontem no bivouac, mas Maria Luís mantinha-se feliz com a sua prestação e determinada em continuar com o elevado nível que tem apresentado nesta prova:
“Hoje foi um dia muito duro. Sabíamos que iríamos encontrar muitos desafios nesta longa etapa de mais de 500 km e isso acabou por nos fazer perder tempo. A posição na estrada não nos favoreceu e acabamos por falhar um Way Point. A partir daí, ficamos no pó dos adversários e perdemos muito tempo. O 14.º tempo nesta etapa acaba por ser um mal menor. Mas estou muito feliz com o que temos feito até agora, temos apresentado um nível ótimo, estou cada vez mais confortável no carro e a nossa progressão tem sido clara a cada etapa. Amanhã teremos uma etapa ainda longa, com quase 400 km, estou entusiasmada com a nossa prova até agora e quero continuar a divertir-me.”
A 5ª etapa do Morocco Desert Challenge 2025 oferece um percurso diversificado e exigente. Começa com declives arenosos, passando depois para o fesh fesh profundo do Oued Draa por volta do km 40. A partir do quilómetro 50, o terreno alterna entre pistas estreitas, colinas e chotts rápidos. Uma salina a partir do km 120 permitirá velocidades elevadas, mas a partir do km 150, a Piste Africaine, áspera e rochosa, abrandará o ritmo, exigindo perícia técnica. A partir do km 200, regressa a areia rápida e as encostas largas, que conduzem a uns espetaculares 100 km finais através de um vale desértico, terminando num cenário deslumbrante.
Comunicado Oficial